A Black Friday pode ter surgido na América do Norte, mas hoje ela é certamente um fenômeno global. Do México à Tailândia, do Peru à Austrália, há cada vez mais pessoas interessadas nesse evento. Nos últimos cinco anos, o crescimento do interesse pelas ofertas da Black Friday dobrou, segundo o Google Trends.
No dia de promoções deste ano, que acontecerá em 29 de novembro, bilhões de dólares no mundo todo serão movimentados. Só no Brasil, e considerando apenas as vendas on-line, mais de R$ 3 bilhões devem ser faturados na Black Friday 2019, de acordo com estimativas da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e da consultoria Ebit/Nielsen, o que significa um aumento de 18% em relação ao ano passado.
Pesquisas indicam, contudo, que os brasileiros têm hábitos diferentes da média global. Eles não costumam priorizar os mesmos produtos que a maior parte do mundo e não pretendem gastar tanto quanto os seus vizinhos sul-americanos. Saiba mais, a seguir.
A Black Friday pelo mundo: gastos e produtos mais comprados
De acordo com uma pesquisa do Black-Friday.Global, a maior parte dos consumidores ao redor do mundo prioriza roupas, eletrônicos e calçados. Os produtos mais populares nesse período promocional são:
- Roupas;
- Eletrônicos;
- Calçados;
- Cosméticos e perfumes;
- Eletrodomésticos;
- Presentes;
- Produtos infantis;
- Livros;
- Acessórios esportivos;
- Lingerie.
A categoria de vestuário aparece em primeiro lugar entre vários dos nossos vizinhos da América do Sul, como Argentina, Chile e Peru. No Brasil, por outro lado, os eletrônicos são os campeões de vendas, seguidos por eletrodomésticos, vestuário, calçados e produtos de beleza. Em países bastante diversos, como Suíça, Índia, Malásia e Romênia, também são os eletrônicos que dominam as vendas da Black Friday.
Contudo, tanto os nossos vizinhos sul-americanos quanto Suíça e Romênia pretendem gastar bem mais do que o Brasil este ano. Os argentinos vão despender aproximadamente R$ 430 e os suíços cerca de R$ 620; já os peruanos, chilenos e romenos pretendem gastar mais de R$ 900 na Black Friday 2019. A média global estimada em 2018 foi de US$ 186 (cerca de R$ 770).
Os Estados Unidos, é até hoje o país com os maiores gastos durante esse evento promocional. Este ano, estima-se que cada comprador vá desembolsar em média US$ 485 (cerca de R$ 2.010).
Já no Brasil, cada consumidor pretende gastar apenas R$ 311 no período de ofertas. Por outro lado, em uma pesquisa da plataforma de comércio Zoom, realizada com 4.398 brasileiros, 60% afirmaram que vão desembolsar mais de R$ 1.000 na Black Friday 2019.
Os hábitos dos brasileiros na Black Friday
A porcentagem global de consumidores que compram apenas em lojas físicas na Black Friday tem diminuído, conforme mostram dados do Black-Friday.Global. No entanto, ainda é bem mais alta do que no Brasil. A Black Friday brasileira tem se mostrado um fenômeno especialmente importante para o comércio on-line.
Enquanto 16,1% dos consumidores no mundo apontaram que comprariam somente off-line na Black Friday 2018, apenas 9,28% dos compradores brasileiros assumiram essa posição. Para compras unicamente on-line, a situação se inverte: 34,55% dos consumidores globais e 48,87% dos brasileiros pretendiam comprar apenas pela Internet.
Em ambos os casos, contudo, aumentou a quantidade de consumidores que afirmaram que comprariam das duas formas: mais de 40% no caso do Brasil, quase 50% no cenário mundial. Uma das modalidades que estão em alta nesse sentido – é a compra on-line com retirada na loja, uma possibilidade que vários estabelecimentos brasileiros já oferecem, como é o caso das Lojas Americanas, da Ricardo Eletro e da Magazine Luiza, por exemplo.
As compras on-line da Black Friday costumam ser feitas entre as 9h e as 23 horas no Brasil, com picos entre 11 e 13 horas – o horário de almoço de grande parte dos consumidores brasileiros. As primeiras horas da madrugada de sexta-feira também apresentam uma boa porcentagem de compras, pelas quais os compradores mais ávidos são responsáveis.
Embora muitas das ofertas da Black Friday sejam anunciadas com antecedência, o interesse dos brasileiros nos descontos se revela bem maior na sexta-feira. No restante do mundo, os consumidores se mostram mais atentos às promoções desde segunda-feira, com um pico menor de pesquisas na sexta-feira em si. Essa atitude costuma contribuir para uma maior economia na hora de comprar e é recomendada.